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Inclusão não é uma fita colorida na placa de atendimento preferencial

  • Foto do escritor: kylquintela
    kylquintela
  • 2 de abr. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 6 de abr. de 2022


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Em “Um Time Especial” vemos como o olhar apurado e livre de preconceitos de um treinador de baseball muda a história de um jovem autista do interior de Indiana (EUA).

Murphy viaja 300km em busca de um arremessador para seu time de baseball, mas um evento inesperado coloca o jovem Mickey, de 18 anos, no seu caminho. Ao testemunhar a incrível força e destreza de Mickey, o técnico o convida a fazer um teste para se tornar o lançador na liga semiprofissional de baseball. A princípio, seu pai assume uma postura rígida e superprotetora, por medo de que o garoto tenha dificuldades para adaptação a uma nova rotina e novas regras, enquanto sua mãe busca incentivá-lo.

Quando Mickey, finalmente, consegue a oportunidade de se juntar ao time, logo mostra o enorme talento para o esporte e que é capaz de superar as adversidades. É um filme para a toda a família, que demonstra o quanto os autistas, quando incentivados, acolhidos, respeitados e verdadeiramente incluídos são capazes de desenvolver seus potenciais. Um dos diálogos que mais me chamam atenção nesse filme é entre o Mickey e seu treinador: - Murphy: "Eu sei que você pode. - Mickey: "Então, eu também sei que posso." Vale à pena conferir.

O preconceito é uma invenção cruel do ser humano, que rejeita tudo que é diferente do “habitual” e precisa ser combatido. Todos os dias, pessoas brilhantes têm diversas oportunidades negadas, por não se encaixarem nos padrões que a sociedade estabelece, porque sequer terem a chance de tentar, ou por não lhe serem ofertadas as genuínas adaptações necessárias para que seus déficits não prejudiquem suas habilidades.

Precisamos falar sobre inclusão. Inclusão não é uma fita colorida na plaquinha de atendimento preferencial. Para incluir o autista nesse mundo comandado por neurotípicos é preciso ter autistas participando dos debates sobre inclusão. É preciso que se compreendam as peculiaridades comuns a esse grupo de pessoas tão heterogêneo e aprender a respeitar as individualidades do ser humano.

Vemos uma gigantesca cobrança para que autistas se adaptem às demandas da sociedade, o contrário deveria, também, ser verdadeiro. É muito natural pensar em treinamento de habilidades para os neurodivergente, mas já paramos para pensar sobre o treinamento de empatia para os neurotípicos?

Em sociedade, o esforço precisa ser uma “via de mão dupla”.

Vamos refletir!

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