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Meu Amigo Autista. Mary e Max - Uma Amizade Diferente

  • Foto do escritor: kylquintela
    kylquintela
  • 8 de abr. de 2022
  • 2 min de leitura

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Mary Daisy Dinkle é uma curiosa menina australiana, de oito anos de idade, que vive em um lar disfuncional, marcado pelo alcoolismo da sua mãe e o relacionamento distante com o seu pai. Em uma visita aos correios, descobre um catálogo de Nova Iorque e decide enviar uma carta para o endereço aleatoriamente selecionado de M. Horowitz. Na carta, Mary se apresenta e faz uma série de questionamentos que assustam e intrigam seu interlocutor, um adulto autista de 44 anos de idade Max Jerry Horowitz. Após uma reação exacerbada à correspondência inesperada, Max decide redigir uma carta resposta em que fala um pouco de si e responde aos questionamentos da criança. A partir daí, se inicia uma amizade inusitada.

Através da troca de cartas entre os dois, descobrimos mais um pouco a respeito de Mary e de Max. Mary sofria bullying na escola, devido à sua aparência, o que contribuía para sua baixa autoestima, não tinha amigos, era fã de Noblets e amava chocolates; Max, igualmente, foi vítima de bullying durante toda a sua infância, devido ao autismo, e frequentemente rejeitado; ele tinha três sonhos na vida: completar a coleção de bonecos Noblets, ter um estoque de chocolate para toda a vida e fazer um amigo. Não é preciso dizer que esses dois, embora geograficamente muito distantes e com quatro décadas de diferença de idade, tinham muito em comum. À medida em que o tempo passa, na trama, acompanhamos a evolução desses dois personagens, como eles se compreendem e se apóiam. Até que uma decisão bem intencionada de Mary estremece a relação e tudo muda de repente.

Mary e Max - Uma Amizade Diferente é uma obra de arte em stopmotion, incrivelmente delicada, sensível e emocionante. Mostra que autistas têm sentimentos e desejam se conectar, embora em alguns muitos casos não consigam fazê-lo de uma forma eficiente. A inocência de Mary e a ingenuidade de Max conseguem romper as barreiras do déficit na interação social de Max e criar uma amizade inabalavelmente improvável, sincera e genuína.


Mary e Max é um dos meus filmes favoritos e vale à pena ser visto, revisto e apreciado.


"Não me sinto doente, defeituoso ou necessitado de cura. (...) Seria como tentar mudar a cor dos meus olhos..." Max Jerry Horowitz

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