Os autistas também amam
- kylquintela

- 6 de abr. de 2022
- 2 min de leitura

Em uma cidadezinha na Itália, Anselmo conta a fantástica história de como se tornou o destemido herói Copperman.
Em Copperman - Um herói especial, acompanhamos as aventuras do jovem autista que só queria encontrar seu pai e se casar com seu primeiro e único amor. Sua infância foi marcada por bullying, violência, abandono, preconceito e solidão, até que a pequena Titti aparece e se torna sua amiga e “prometida”. Anselmo era fascinado por histórias de super-heróis e desde que sua mãe lhe contou que seu pai não podia voltar para casa, pois estava salvando o mundo (na tentativa de preservá-lo do abandono antes mesmo do seu nascimento), o garoto decidiu que se tornaria um herói como o seu pai. Mais uma perda assola a criança, quando Titti é levada da cidade. Alguns anos se passaram e Anselmo se tornou um adulto gentil e responsável, funcionário de uma residência terapêutica onde desenvolveu uma amizade genuína com alguns moradores, se tornou o herói que, até então, ninguém sabia que precisava e se manteve fiel a pequena Titti, esperando pelo seu regresso. Com a ajuda de Silvano, um serralheiro que se tornou seu amigo e protetor, conseguiu sua “indestrutível” e barulhenta armadura de cobre, tornando-se, enfim, Copperman. Um vigilante noturno anônimo (uma espécie de Batman de baixo orçamento e grande coração) que socorria as pessoas em perigo. Destemido e honrado, o herói passou a ser convocado, sempre que alguém precisasse de ajuda. O retorno de Titti à cidade foi uma grande surpresa para Anselmo e uma oportunidade de viver seu grande amor. Talvez ele não soubesse, mas mesmo sem superpoderes, sem dinheiro e sem capa, o heroísmo genuíno e sincero de Copperman salvou muitas vidas, inclusive a sua própria.
É um belíssimo filme de 2019, com um roteiro encantador, que mostra que autistas, sim, têm sentimentos, são empáticos e amam, ainda que demonstrem de uma maneira “desajeitada” - ou não. Aqueles que tiverem a oportunidade de se relacionar com um autista precisam ser sinceros, pacientes, buscar compreender a fundo seus déficits e suas qualidades e estar dispostos a verdadeiramente amar – sem segundas intenções, sem meias palavras, sem cobranças. Algumas características do autismo podem tornar as relações interpessoais mais difíceis e desafiadoras, mas não impossíveis, deixem-nos ser quem são e serão amados sem medida (“o amor é paciente”).
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